2019 a partir da I Jornada Nacional da Mediação de Conflitos

 

O evento de lançamento da I Jornada Nacional de Mediação de Conflitos aconteceu na sede da PUC-RJ no dia 1º de setembro de 2018 e reuniu os maiores nomes da mediação nacional.

Com o intuito de criar um espaço de diálogo e construção de um projeto nacional de desenvolvimento do instituo da mediação, o evento mobilizou mediadores autônomos, Câmaras Privadas, servidores públicos e outras instituições de ensino para que, numa atuação conjunta, efetivem de forma sustentável a autocomposição como meio adequado de solução de litígios, colaborando para a tal aclamada onda de desjudicialização brasileira.

Nossa equipe teve o prazer de colaborar como ouvintes e proponentes, experienciando o que certamente poderemos chamar em breve de “o início da mediação privada nas Entidades, Comissões, Associações e Conselhos Representativos de Classes Empresariais e Profissionais”.

O ponto de partida das sustentações foi exatamente esse: “Como as Comissões Regionais e as Instituições Parceiras (neste conceito a comunidade dos mediadores independentes) podem atuar em parceria para uma governança eficiente e eficaz da Jornada Nacional?”

Entendemos que essa pergunta veio em boa hora, diante do histórico nacional sobre mediação judicial e extrajudicial impulsionados pela Lei 13.140/2015. Nesses últimos dois anos a mediação judicial tomou forma e alcançou significativo número de soluções eficazes, porém, como dar significado correto ao tema mediação na proporção que a ferramenta merece?

Entendeu-se que “Extrajudicial” é a perfeita resposta para o tema, pois a mediação é notadamente um acesso à justiça, na medida em que as próprias partes, nos limites da lei, se autorregulam de forma esclarecida, logo essa ferramenta dentro da sociedade se faz urgente no atual cenário de acirramento de disputas no Brasil.

Entre conversas e bate-papos, os representantes das Câmaras Privadas e os mediadores privados que ali estavam, confidenciavam, com razão, um sentimento de desamparo, pois assistiam atônitos ao que compreende-se por falta de apoio governamental no desenvolvimento da mediação extrajudicial.

A Jornada será muito bem-vinda a esse sentimento, já que se posiciona como um meio eficaz de união daqueles interessados em fazer da ferramenta mediação um meio acessível a toda sociedade brasileira.

Como tônica geral, acompanhamos o empreendedorismo do mediador ser subutilizado. O mediador formado e atuante encontra barreiras primitivas que residem na falta de conhecimento da sociedade civil como um todo. E é exatamente nessa percepção que foi encontrada um atalho para acelerar e otimizar o conhecimento da sociedade como um todo: uma agenda de visitas às Entidades, Comissões, Associações e Conselhos Representativos de Classes Empresariais e Profissionais.

Para instrumentalizar a execução dessa agenda propositiva, pelos participantes e com apoio total do CONIMA, fez-se referência ao cadastro individual/região de cada mediador, Câmaras e outras instituições sensíveis ao tema.

A Excelência Mediação, em sua abrangência territorial, vem dia a dia promovendo palestras, debates, seminários e apresentações de divulgação do instituto da mediação extrajudicial junto aos Conselhos e Sindicatos e, desde já, renova o seu compromisso com essa causa, colocando-se à disposição dos colegas mediadores para fortalecer essa jornada.

Seguindo as orientações, disponibilizamos nosso contato no endereço eletrônico oficial da Jornada Nacional de Mediação de Conflitos – http://conima.org.br/jornadamediacao/. E para nortear essa grande jornada, foi revalidada a questão da ética desinteressada não mercantilizada como objetivo prevalecente aos interesses pessoais, eis que a divulgação é o principal objetivo.

Cremos sensivelmente que quando o acesso a informação não é compartilhado, se torna privilégio de poucos, gerando desigualdade, mas quando o acesso a informação se torna uma realidade social, a democracia se fortalece.

Vânia de Abreu Medeiros Compasso                                                                                                  Guilherme de Castro

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